Lidar com os inúmeros desafios em decorrência da pandemia não é fácil, exatamente, por isso a inovação faz-se indispensável para a geração de novas receitas. Mais do que ser criativo, os novos tempos exigem uma visão abrangente do seu negócio e as possibilidades de lucro por trás dessa engrenagem.
Só que para observar essas questões, exige-se um olhar diferenciado e, claro, muito esforço para atingir esse objetivo.
Entenda como tirar mais proveito da inovação, gerando mais rentabilidade para a sua empresa.
Antes de propor algumas ideias é interessante destacar a relevância da inovação para a sobrevivência de certos negócios. Para ilustrar esse tema utilizaremos o exemplo clássico da Enciclopédia Britânica, citado no livro Transformação Digital - repensando o seu negócio para a era digital -, de David L. Rogers.
Certamente, você já deve ter ouvido falar desse importante acervo de conhecimento que foi publicado pela primeira vez em 1768. Em função disso, a impressão da Enciclopédia Britânica foi por séculos a principal fonte de informação no mundo inteiro tanto que servia desde referência escolar até como pesquisa em geral.
Porém, à medida que a computação pessoal ganhava espaço essa fonte de pesquisa foi perdendo em importância. Primeiro, por conta da Encarta, uma espécie de enciclopédia em CD-ROM oferecida em forma de bônus disponível para os usuários da Microsoft na compra do software Windows.
Nas décadas seguintes foi a vez da Wikipédia desafiar mais uma vez o modelo de negócio da Britânica. Nesse caso, por oferecer a possibilidade de uma contribuição colaborativa do conhecimento por meio do crowdsourcing.
Você deve estar se perguntando o que a Britânica fez, então, para enfrentar esses problemas que, inclusive, tinham o potencial para acabar de vez com sua exitosa história. Em um primeiro momento o grupo procurou compreender as novas necessidades de seus consumidores.
Observe, portanto, que eles tiveram esse cuidado, afinal, era essencial entender de onde vinha a fonte de receita do empreendimento.
Após, delimitar isso a direção passou a oferecer modelos de assinatura com foco específico no ensino fundamental, médio e universidades. Sem perder de vista sua missão principal: a qualidade editorial voltada para os serviços educacionais.
Além disso, o grupo editorial passou a contar também com produtos correlatos pensados em uma abordagem mais interativa e on-line. Exatamente porque houve uma percepção de que isso era essencial em vista da evolução dos currículos e das novas metodologias adotadas nas salas de aula.
A ideia não só deu certo quanto se transformou em um case de marketing. Para ter melhor ideia disso, quando a Britannica optou pela extinção do material impresso, em 2012 , apenas 1% de sua receita era proveniente desse tipo de venda.
Provavelmente, o grupo editorial deve ter perdido em market share, isto é, em participação no mercado, sobretudo em relação à penetração da marca: enciclopédia Britânica.
Em função disso, os leitores mais saudosos devem ter, imediatamente, suposto que a Britânica havia sido extinta de fato. Com isso, a última edição impressa hoje deve ser um item raro e de luxo comercializado em peso de ouro.
Porém, essa decisão de “abrir mão” de certa parcela do mercado, decerto, foi consciente. Assim, em vez de unir esforços em vista do cliente final, ou aquele, leitor de casa do material impresso, ou ainda quem frequentava apenas bibliotecas, não pagantes; a direção da empresa se voltou para aqueles com maior potencial de lucro.
Contudo, todas essas questões devem ter sido consideradas por meio de extensas pesquisas entre esse público. Lembre-se, o grupo editorial precisava saber quem eram aqueles leitores assim como os seus anseios. Basicamente, se voltaram para a construção de personas:
“Isto é, a representação do seu cliente ideal. O que considera também as principais características e comportamentos desses leitores. Dessa forma, facilita-se o planejamento de soluções mais efetivas, adequadas aos problemas específicos e às necessidades desses consumidores”.
Embora trate-se de uma experiência editorial, podemos extrair algumas lições desse case. Observe, por exemplo, o quanto a remodelagem desse negócio foi determinante para os passos seguintes.
Naturalmente, nem todas as empresas dispõem de recursos para algo tão abrangente, porém, muitos desses conceitos podem sim, ser úteis em todo caso. Entenda como
obter mais resultado com a mesma proposta nos próximos tópicos.
O case da enciclopédia mais uma vez demonstra o quanto o foco no cliente é indispensável nesse novo contexto digital . Aliás, independentemente do ambiente, a rede de clientes é o motivo de existência de toda empresa.
Sendo assim cabe ao empresário dispor das ferramentas adequadas para atendê-los da melhor forma. Certamente uma experiência de excelência em todos os pontos dessa jornada deve ser um norte para todas as frentes de trabalho. Por isso é interessante voltar-se para algumas ações que contribuem para esse objetivo, tais como:
● uso estratégico das mídias sociais para a maior conexão com a marca;
● soluções personalizadas pensadas em vista de canais omnichannel;
● pesquisas de satisfação contínuas baseadas na metodologia NPS (Net Promoter Score), que permitem avaliar o grau de lealdade de seus consumidores.
Além disso, o envolvimento da equipe é essencial para obter mais ganhos nesse sentido. Para garantir isso, de fato, mais do que contar com a boa vontade de seus colaboradores é necessário incentivá-los por meio de treinamentos constantes para obter mais resultados.
Fora isso vale investir na diversidade da composição dessa equipe. Sabe-se, inclusive, que a inovação combinada à inclusão social resulta em um melhor aproveitamento financeiro nas empresas.
Naturalmente, porque pessoas com histórias diferentes têm mais condições de observar pontos negligenciados. Pense nisso e incentive sua equipe na busca de soluções concretas para os gargalos do seu negócio .
Muitas dessas ideias podem ser facilmente testadas por meio de um mínimo produto viável (MVP). Com isso, além de reduzir custos no caso de inviabilidade desses projetos, também se ganha tempo e experiência nos casos futuros.
O uso da metodologia lean startup também pode contribuir bastante para geração de novas receitas. Ou melhor, nesse caso, é pensar em alternativas práticas e de baixo custo, que podem resultar em produtos escaláveis. Garantindo, assim, mais rentabilidade para o seu negócio.
Agora, que você já sabe a relação da inovação com a geração de novas receitas confira outros artigos que abordam esse tema no blog da Enable .
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