Com tantas inovações financeiras no mercado e a emergência do Open Banking no Brasil muitos empresários têm se voltado para essa oportunidade. De fato, pode ser, especialmente, interessante para fintechs, sobretudo aquelas que já atuam diretamente com pagamento.
Se a sua empresa facilita transações comerciais ou mesmo atua como subadquirente, isto é, um tipo de instituição que oferece condições de pagamento a um comerciante, por exemplo, intermediar essa transação pode ser interessante. Agindo desse modo, comércios e demais prestadores de serviço se tornam importantes facilitadores comerciais.
Os correspondentes bancários também se enquadram nesse caso. Principalmente, porque auxiliam na:
● cobrança de títulos;
● abertura de contas bancárias;
● solicitação de empréstimos pessoais ou mesmo financiamentos;
● aplicação e resgastes em fundos de investimentos;
● transações cambiais.
Então, se o seu negócio atua em relações desse gênero saiba como ampliar seu portfólio com novos produtos financeiros. Confira neste artigo como isso é possível e aproveite esse momento.
Antes de tratar esse tema é conveniente compreender o que é um banco digital. Basicamente, é uma instituição financeira ou de pagamentos que se presta a serviços bancários. Nesse caso se diferencia dos demais, porque 100% dos processos se dão on-line.
Conforme explicado ainda que sua empresa atue nesse ramo é preciso ter atenção às regulamentações legais. Para abrir um banco digital no Brasil há três órgãos responsáveis por esse trâmite são eles:
● Banco Central (Bacen);
● Comissão de Valores Mobiliários (CVM);
● Superintendência de Seguros Privados (Susep).
Além disso, há duas resoluções 4.656 e 4.657/2018 que definem as atuações de cada uma respectivamente. Desse modo, as fintechs de crédito podem oferecer, apenas, serviços de análise de crédito e:
● atuar como corretora de seguros;
● emitir moeda eletrônica;
● sendo que até o momento presente só podem emprestar dinheiro se possuírem uma instituição financeira tradicional como parceira nesta transação.
Para facilitar a compreensão o Bacen ainda criou dois modelos de operação para essas empresas financeiras, que podem se distinguir de duas formas como: Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP) e Sociedade de Crédito Direto (SCD).
As fintechs se enquadram como Sociedade de Empréstimo entre Pessoas neste contexto. Sobretudo, porque atuam na modalidade peer-to-peer lending. Ou seja, fazem a ponte entre o empréstimo e financiamento, conectando quem precisa de recursos aos seus investidores.
Já na Sociedade de Crédito Direto, trata-se de empresas com capital próprio, é por isso, que elas podem atuar com seguros e análise de crédito. É esse o caso dos bancos digitais que não por acaso competem páreo a páreo com as instituições físicas.
Naturalmente, é recomendável considerar se há público interessado nesses produtos antes de dar um passo tão grande. Mesmo porque já há inúmeros players atuando nesse mercado, por isso mesmo, é essencial pesquisar bastante. Exatamente para oferecer soluções diferenciadas de acordo com o perfil prospectado.
Além disso, para evitar prejuízos também vale adotar a metodologia de Produto Viável Mínimo (MVP, do inglês Minimum Viable Product ). Isto é, teste a ideia por meio de um lançamento de uma versão enxuta para conferir se, realmente, há demanda para os seus produtos. Bem como quais são as lacunas e possibilidades nesse segmento.
Em se tratando de operações bancárias é indispensável contar com sistemas estáveis e seguros em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) . Ater-se a esse aspecto é essencial em vista dos inúmeros golpes, fraudes e ataques cibernéticos comuns em ambientes digitais.
A usabilidade também acompanha as inovações financeiras mesmo porque os dispositivos e demais aplicações devem facilitar a vida do usuário. Caso contrário eles permaneceriam com os bancos tradicionais. Exatamente, por isso, é essencial priorizar um sistema leve e intuitivo para facilitar essa conexão.
Sem dúvida um layout clean com recursos de fácil compreensão e responsivos são atraentes. Contudo, é mais que isso, cabe à direção da empresa mais uma vez testar se essas ferramentas satisfazem as necessidades de seus prospects. Com foco também na linguagem e funcionamento móvel e ágil.
As atualizações e uma cultura de aperfeiçoamento contínuo também devem moldar essa interface. Mesmo porque há sempre algo a ser melhorado e esses detalhes fazem toda a diferença nesse segmento.
Outra questão a ser prevista é como satisfazer as demandas do seu cliente sem necessariamente onerar sua empresa. Pensando nisso, muitos bancos digitais esquematizam um fluxo conversacional, priorizando o atendimento por chatbots no primeiro contato com o usuário.
Essa estratégia pode agilizar o autoatendimento reduzindo também o número de funcionários. Na verdade, o ideal é que o pessoal seja empregado em áreas de inteligência da empresa tais como:
● pesquisas de satisfação;
● análise do tempo de resposta;
● resoluções dos pontos frágeis;
● up-sell , isto é, incentivar os clientes a adquirirem uma versão mais sofisticada daquele produto ou serviço, gerando mais receita para o negócio.
Ter essa visão favorece uma experiência de excelência com sua empresa. Ainda mais porque boa parte desses correntistas abandonou os bancos tradicionais porque não observavam valor nesse atendimento. Pense nisso e invista em seu diferencial.
Obviamente, para se transformar em um banco digital é preciso
observar as condições econômicas
, inclusive, o patrimônio líquido dessa instituição financeira entre outras exigências para certificar que elas realmente têm condições de se manter. Bem como operar os recursos de seus correntistas com segurança.
Atuar nesse segmento tende a ser, especialmente, atraente uma vez que 16 milhões de brasileiros não conta com nenhum serviço bancário . Se você tem dúvidas sobre como fazer essa transição no seu modelo de negócio conte com uma consultoria especializada para agilizar esse processo.
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